
Nesta semana, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (FENTAC) marcou presença no seminário “Brasil-China – 50 anos de relações diplomáticas parceria para o futuro”, organizado pelo Instituto Lula no Hotel Pestana, em São Paulo.
O evento contou a participação de 22 categorias de trabalhadores para discutir o futuro das relações entre os países tendo em vista a ascensão da Era Xi Jinping, os investimentos chineses no Brasil e a iniciativa Cinturão e Rota – que propõe a criação de uma rede de projetos de infraestrutura na Ásia, África, Europa e América.
A FENTAC pediu a palavra para falar da importância do desenvolvimento da aviação aérea civil brasileira, tendo em vista que o Brasil ainda não aderiu o projeto chinês chamado de a Nova Rota da Seda, que prevê o desenvolvimento de novas rotas marítimas, ferroviárias e rodoviárias em vários países no mundo.
Diante da dimensão do projeto, o Brasil pode estar perdendo uma ótima oportunidade de entrar na Nova Rota da Seda, mesmo apesar da necessidade de algumas condicionantes. Uma dessas condições seria o desenvolvimento da aviação civil brasileira, principalmente nas regiões mais distantes dos grandes centros econômicos, como por exemplo a Região Norte do país, desenvolvendo a infraestrutura aeroportuária e alavancando o desenvolvimento de novas companhias aéreas, assim despertando a concorrência local.
Nós da FENTAC nos preocupamos com esse projeto chinês pois ele prevê o desenvolvimento de portos marítimos, ferrovias e rodovias, mas não aborda a alavancagem da aviação civil, uma engrenagem importantíssima para o desenvolvimento econômico de qualquer país e uma peça chave para o sucesso desse grande projeto.