O presidente da FENTAC/CUT, Sergio Dias, e dirigentes dos sindicatos filiados de aeronautas e aeroviários participaram na terça-feira (23) de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, que debateu o plano das empresas aéreas de acabar com o quadro de mecânicos de manutenção de linha, que são responsáveis pelos atendimentos nas aeronaves nos pousos e decolagens.
Segundo Sérgio, a intenção das empresas é extremamente grave e colocará em risco a segurança de voo. “Nossa Federação fará as ações necessárias para pressionar as empresas a manterem os postos de trabalho destes profissionais que são altamente qualificados e garantem a segurança dos voos”, conta.
Outra intenção das empresas aéreas é transferir a função dos mecânicos para o piloto e co-piloto. O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Antonio Carlos Marini, mecânico na TAP, rechaçou essa tentativa das companhias, alegando que esses tripulantes já possuem funções distantes. “O piloto é operador da aeronave e o mecânico é o inspetor que garante a liberação da aeronave e verifica se ela está em condições de voo e com segurança. Acidentes e incidentes podem ocorrer se não houver o trabalho do mecânico inspecionando a aeronave. "Não podemos deixar na mão de um tripulante a responsabilidade de inspecionar uma aeronave, ver se tem uma rachadura na fuselagem ou uma ingestão no motor ou qualquer coisa que possa ocasionar um problema no voo propriamente dito”, explica.
O diretor de Formação do SNA, Mario Amato, concorda e acrescenta que os aeronautas estarão na luta pela defesa dos empregos dos mecânicos. “Não abrimos mão deste profissional técnico e de qualidade para a segurança de voo que são os mecânicos”, finaliza.