Interditada há quase dois anos pela concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU Airport), a ponte do Rio Baquirivu-Guaçu/Malvinas foi tema de debate em Audiência Pública, no dia (19). A atividade aconteceu no Circo Escola, Cidade Seródio, em Guarulhos, e reuniu dirigentes dos sindicatos cutistas dos Aeroviários (Sindigru), dos trabalhadores Aeroviários em Empresas Auxiliares (Sintaag); moradores da região e autoridades/lideranças políticas da cidade.
Durante a audiência, os participantes relataram os transtornos causados pelo fechamento da ponte, principal via de acesso ao Aeroporto. “Essa passagem foi fechada pela Concessionária em novembro de 2013, que alegou reformas, mas fez a promessa de reabri-la após a Copa do Mundo (junho/julho de 2014), no entanto, isso nunca aconteceu”, explica Franklin Dias, diretor do Sindigru.
Com a interdição, trabalhadores e moradores da região reclamam do aumento da criminalidade e maior tempo para a chegada ao trabalho. O Sindigru já recebeu várias denúncias de violência ocorridas no local, como assaltos e estupros. “Enquanto não reabrirem nossa ponte, a luta continua”, frisa Franklin.
Ministério Público Estadual
O fechamento da ponte do Rio Baquirivu-Guaçu/Malvinas é alvo de inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Estadual (MPE). Essa investigação é consequência dos vários protestos realizados desde setembro de 2014 pelo Sindigru e Sintaag. O inquérito do MPE foi aberto em janeiro deste ano.
Órgãos competentes e repercussão
A fim de cobrar agilidade na reabertura da ponte, o Sindigru também acionou os seguintes órgãos: Prefeitura de Guarulhos, Ministérios Públicos do Trabalho e Federal; Secretaria da Aviação Civil da Presidência da República, Agência Nacional da Aviação Civil e GRU Airport.
O tema ganhou repercussão na imprensa. O Programa CQC (Custe o que Custar) da TV Bandeirantes fez uma reportagem que foi destaque no quadro "Proteste Já".
Viviane Barbosa e Vanessa Barboza, da Redação da FENTAC