OIT recebe denúncia de demissões arbitrárias de pilotos colombianos

A denúncia foi feita ao Comitê de Liberdade Sindical do órgão

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Em apoio aos pilotos colombianos, o presidente do Comitê Regional da Aviação Civil da América do Sul e Caribe da ITF (Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes), Sergio Dias, e da FENTAC/CUT, assinou um documento de denúncias de políticas antissindicais praticadas pela empresa aérea Avianca. Também assina o Sindicato Nacional dos Aeronautas.

A denúncia foi feita ao Comitê de Liberdade Sindical da OIT (Organização Internacional do Trabalho), no dia 31 de maio, em Genebra- Suiça, e informa que a empresa aérea efetuou mais de 100 demissões arbitrárias ocorridas na última greve, realizada no final de 2017, que durou mais de 45 dias. 

Cerca de 500 pilotos cruzaram os braços e lutaram pela garantia de maior segurança de voo e pela equiparação das condições de trabalho no país — o que é praticado internacionalmente pela própria Avianca. 

A situação na Colômbia é extremamente grave devido à total intransigência patronal, que se nega negociar, e também à falta de sensibilidade  do governo e do judiciário local, que na época classificou a paralisação ilegal — o que fere o direito constitucional de greve do país.

Preocupação

Para as entidades representativas dos trabalhadores na aviação civil brasileira, essa situação na Colômbia é preocupante e pode no futuro ameaçar também os aeronautas brasileiros, porque hoje têm grandes grupos comandando a aviação na América do Sul. 

“Essas corporações só visam o lucro a qualquer custo e não levam em conta a questão humana e as condições de trabalho de seus empregados. Mais uma vez repudiamos as políticas antissindicais que violam os direitos e esperamos que a Avianca corrija esse erro e recontrate os pilotos demitidos injustamente”, frisam as entidades.