A paralisação nacional dos aeroviários e aeronautas de duas horas realizada na quarta-feira (3) em 12 aeroportos do Brasil cumpriu a determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de manutenção de 80% em serviço. A afirmação é do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) que divulgou em nota que foram impactados 204 voos pela greve, em um universo de 3.068 voos previsto para o dia. Isso representa 6,65 % do total de voos programados.
Na liminar, o ministro afirma: “defiro parcialmente o pedido de liminar para determinar que seja mantido 80% (oitenta por cento) dos aeronautas e aeroviários, em serviço, a partir do dia 03 de fevereiro de 2016 e durante o período de feriado de carnaval, enquanto durar a greve, de forma a viabilizar o transporte aéreo em todo o território nacional, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00 (cem mil reais), em caso de descumprimento da ordem.”
Segundo o Sindicato, a liminar foi cumprida integralmente com folga. “Mais de 90% dos tripulantes escalados para voar cumpriram normalmente suas escalas”, frisa.
SNEA
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) divulgou que dos 399 voos previstos para acontecer (entre pousos e decolagens, domésticas e internacionais) entre 6h e 8h, 22% foram cancelados e 48% sofreram atraso. Desta forma, hipoteticamente, 279 voos teriam sido afetados. Ainda assim, esses 279 representariam 9,1% do total de voos do dia.
Ainda de acordo com a nota dos Aeronautas, a paralisação referiu-se apenas a decolagens, não havendo qualquer restrição quanto a pousos. “As próprias empresas se movimentaram para cancelar voos que aconteceriam entre as 6h e 8h desta quarta-feira, causando impactos para passageiros mesmo sem a influência direta do movimento de greve”, diz o comunicado.
Valorização nos salários
A FENTAC/CUT e os sindicatos filiados destacam que as empresas aéreas poderiam ter evitado a paralisação se tivessem avançado na reivindicação justa das categorias de reposição integral da inflação, retroativa à data-base 1º de dezembro, nos salários e benefícios. “A greve é a ferramenta que temos para fazer valer os nossos direitos e vamos continuar a luta para que as empresas aéreas reconheçam o fundamental papel e valorização dos profissionais aeroviários e aeronautas na construção da ampliação dos serviços e geração de riqueza da aviação civil brasileira”, finaliza Sergio.