As experiências e propostas dos trabalhadores em transportes foram socializadas em mesa de debates do 1º Congresso da CNTTL/CUT , realizado do dia 26 a 28 de abril, no Centro de Convenções do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba, em Votorantim, em São Paulo.
Sérgio Dias, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (FENTAC/CUT), abordou a política de céus abertos (em vigor no Brasil que prevê o fim do limite de voos entre os países), o aumento da participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas e as bandeiras de conveniência.
“Estas políticas foram aprovadas pelo governo e não tiveram a nossa concordância. Para efeito de melhoria nestas condições é fundamental uma orquestração internacional, que existe em alguns países, que sensibilize os governos, que têm Convenções com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), para que combatam os efeitos nefastos da precarização na aviação civil no Brasil”, relata.
A filiação da CNTTL à ITF ( Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes) é fundamental para alcançar essa meta.
A preocupação da concessão dos aeroportos, (Porto Alegre, Salvador e Florianópolis) também é motivo de preocupação. “Há equívocos que precisam ser revistos. É necessário discutir a representação dos trabalhadores neste modelo”, fundamenta.
Aposentadoria Especial
Outras questões apontadas pelo sindicalista como importantes aos trabalhadores na aviação são a aposentadoria especial, a criação de uma Norma Regulamentadora (NR) para os aeroportos e afins e a realização de um Seminário Internacional de Saúde da FENTAC, nos dias 3 e 4 de agosto, no Rio de Janeiro.
Essas são bandeiras históricas e farão parte do Plano de Lutas da CNTTL/CUT. “É preciso ser criativo, porque não conseguimos sensibilizar o governo até o momento. Hoje, estamos enfrentando problemas sérios na aviação, como a fadiga das tripulações, turnos exaustivos, dobra de turnos dos trabalhadores nos aeroportos, somando a tudo isso têm os acidentes, que são preocupantes. A nossa luta é conscientizar o governo de tal forma para mudar essa situação”, disse.
A FENTAC/CUT tem uma base de 100 mil trabalhadores na aviação, entre eles, aeroviários, aeroportuários e aeronautas.
Viviane Barbosa, da Redação da FENTAC e CNTTL/CUT = última atualização às 16h53 do dia 4 de maio de 2015