SAC cria comitê para desenvolver setor de cargas aéreas no País

Pesquisa sobre o segmento e novos sistemas operacionais estão entre as ações previstas

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A Secretaria de Aviação da Presidência da República (SAC) vai elaborar um diagnóstico sobre gargalos do mercado de carga aérea no país. Será uma das primeiras ações do novo Comitê Técnico de Cargas Aéreas, criado no âmbito da Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias).



A Secretaria quer entender e desenvolver a logística de cargas no país, melhorar o processamento dos carregamentos e implementar soluções operacionais, novas tecnologias e procedimentos de certificação visando ampliar a segurança do setor. O segmento movimenta em torno de 1,54 milhão de toneladas ao ano.



Para o ministro da Aviação, Eliseu Padilha, a falta de soluções estratégicas para esse mercado “gera um custo muito grande para a indústria, para a cadeia logística, para o País. O Comitê vai equacionar essas questões”. Os desdobramentos econômicos incluem a inibição de investimentos, além do subaproveitamento de qualidades importantes do transporte aéreo, como a velocidade e eficiência de entrega.



Ações Previstas 



A Secretaria trabalha também em um projeto piloto de certificação de cargas (“Secure Freight”, “Carga Segura” em tradução livre), em parceria com a IATA e outras entidades públicas e privadas do setor. A ideia é desenvolver uma cadeia logística segura, mediante um processo de certificação, para desafogar a infraestrutura dos aeroportos da burocracia do despacho de cargas. Toda a inspeção e verificação da segurança da carga passaria a ser feita fora do aeroporto e o transporte até ele seria monitorado,  mantendo a carga segura ao longo da cadeia logística até seu embarque na aeronave.

Além disso, o governo também tem planos de criar e implantar um sistema em padrão similar ao APIS (Advanced Passenger Information System, utilizado pela Receita e Polícia Federal), o ACI (Advanced Cargo Information), para rastrear informações de todas as cargas que estão vindo para o País e estabelecer mecanismos oficiais de monitoramento com segurança. Com o novo sistema, será possível, por exemplo, impedir o embarque de cargas suspeitas.