Nesta terça-feira (12), os aeroportuários na Infraero vão à luta em defesa da estatal, de reajuste salarial e farão o Dia Nacional de Luta nos 60 aeroportos da rede.A decisão foi aprovada em assembleias realizadas em todo o país pelo Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) nos dias 29, 30 e 31 de agosto.
“Vamos trazer a opinião da sociedade para o nosso lado. Parte da imprensa, já está questionando o que será dos outros aeroportos se desmantelar a Rede Infraero, se parar o subsídio cruzado. A Infraero vai depender de aporte do governo que não vai acontecer. O governo faz aporte não é para a infraestrutura; o governo faz aporte é dentro do Congresso para votar os projetos dele”, salientou em vídeo o presidente do Sina, Francisco Lemos.
Lutar contra o retrocesso
Lemos enfatizou que chegou a hora da categoria enfrentar o governo federal que está acabando com os direitos dos trabalhadores. “Vamos para rua enfrentar a diretoria da Infraero. Vamos para rede social escrever verdades sobre o governo e sobre a empresa. Nós não temos porque ter vergonha, nesse momento, de lutar por nossa categoria”, alerta.
Categoria não está à venda
O sindicalista frisou também que o Sina jamais assinará qualquer tipo de acordo que seja com a empresa privada ou com a estatal Infraero para vender a categoria. “Em janeiro desse ano, nós conseguimos manter vigente o Acordo Coletivo de Trabalho numa reunião com a Infraero, apesar da decisão contrária do ministro Gilmar Mendes. Pela decisão dele, era para a empresa estar praticando a CLT desde maio, com o fim do acordo passado. Porém, a Infraero está praticando ainda o atual acordo por conta de uma reunião que tivemos e por ter assinado uma ata com esse compromisso”, salienta.
Luta Firme
Lemos ressalta que é preciso que a categoria aeroportuária dê uma resposta firme no dia 12.
“A partir daí, a gente pode ir radicalizando nossas ações e, com responsabilidade, para depois não haver prejuízo de demissão por justa causa. Vamos começar uma luta firme e nos preparar para responder à parte da mídia que está chamando a nossa luta de corporativista, pois não é. Vamos provar para o Brasil a necessidade da Infraero, salvar a empresa e terminar a negociação dessa data-base”, finaliza.