Campanha Salarial Aeroportuários: Segunda rodada de negociação com as concessionárias termina sem avanço

Dirigentes do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA) participaram da segunda rodada de negociação da Campanha Salarial da categoria com os representantes das concessionárias privadas. O encontro na última terça-feira (14), em Guarulhos.

De acordo com o SINA, as empresas apresentaram uma contraproposta para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com valores muito aquém da pauta de reivindicação da categoria. 

A direção do Sindicato considerou a proposta das empresas vexatória, com uma oferta de abono e reajuste bem abaixo da inflação do período. “O setor aéreo não está em crise nesse nível que estão apresentando. As concessionárias estão dando calote na União, não pagando as outorgas, e querem dar calote no trabalhador aeroportuário”, explicam os sindicalistas.

Segundo a entidade, as concessionárias propuseram abono de R$ 500,00 mais dois reajustes de 3,5% cada, aplicados em agosto e outubro, sem retroatividade à data-base, 1º de maio. O Sindicato não irá levar essa proposta para deliberação em assembleia, em respeito aos trabalhadores, e exige uma nova reunião com as concessionárias, esperando uma negociação mais digna em relação aos direitos e salários da categoria.

Participam das negociações as concessionárias privadas que administram os aeroportos de Brasília-DF, Guarulhos-SP, Campinas-SP, Natal-RN e Confins-MG. A concessionária Rio Galeão não compareceu à segunda rodada.

Principais reivindicações

Os trabalhadores nas concessionárias e na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) aprovaram a reivindicação de reajuste salarial de 15%. 

Outras lutas da categoria aeroportuária são as melhorias nos direitos sociais, tais como: a inclusão de pais como dependentes no convênio médico, a tolerância de atrasos de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a estabilidade pré-aposentadoria, independente do tempo de trabalho na empresa (atualmente, a CLT prevê dez anos de trabalho na concessionária para que a aposentadoria possa ser validada). 

Além disso, o SINA também reivindica o pagamento de um abono convertido em vale-alimentação no valor de R$ 460,00, em duas parcelas.

 

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