Mais uma rodada da Campanha Salarial do setor de táxi aéreo terminou em “frustração”. Intransigência foi a palavra de ordem que marcou o tom das negociações, realizada nesta quinta-feira (4), na sede do Sindicato Nacional das Empresas em Táxi Aéreo (SNETA), no Rio de Janeiro, que reuniu representantes da FENTAC e dos sindicatos filiados dos aeronautas e aeroviários.
Segundo o presidente da Federação, Sergio Dias, a bancada patronal impôs apenas a pauta deles, se recusando a negociar qualquer pleito aprovado em assembleias dos aeronautas e aeroviários.
O SNETA manteve na mesa um tom “duro” e reiterou a sua proposta reprovada em assembleias de pagar somente um abono único aos trabalhadores, sem nenhum reajuste de salários e as demais cláusulas econômicas seriam corrigidas pelo percentual do INPC apurado no período.
“A bancada patronal sequer teve a sensibilidade em atender o novo pleito dos trabalhadores que, com um gesto de avançar na negociação, aprovaram em assembleias a proposta de flexibilização do reajuste salarial, nos pisos e demais itens econômicos de 8,39% (INPC + 1%). Lamentável essa postura patronal”, argumenta Dias.
Dias disse que a bancada patronal propôs uma única “melhoria”, mas tardia no vale-alimentação, que teria um aumento no valor de R$ 100, no entanto, é referente ao dissídio coletivo de 2015, que aguarda julgamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Prazo de 10 dias
Como forma de analisar o pleito dos trabalhadores, a bancada patronal propôs um prazo de 10 dias. Nesse período, o SNETA se comprometeu em analisar as cláusulas que não tenham repercussão econômica, que são benéficas para as categorias, como forma de compensar o índice econômico reivindicado pelos trabalhadores.
O presidente da FENTAC disse que os aeronautas e aeroviários vão aguardar, mas esperam que as empresas do setor de táxi aéreo tenham mais empenho. “Deixamos claro na mesa de negociação que os trabalhadores darão a resposta a essa intransigência patronal, caso continue”, finaliza Dias.