A nova diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística da CUT (CNTTL), que fica à frente da entidade durante o triênio 2015 a 2018, conta com quatro representantes dos trabalhadores da aviação civil.
São eles, Nilton Oliveira Mota Santos, aeroviário, Secretário Geral da Confederação, Marcelo Tavares de Moura, aeroportuário, Secretário de Relações Internacionais, Mara Meyre Tavares de Jesus Amaro, aeroportuária, Secretária Nacional da Mulher e Paulo Rodolfo Ribeiro, aeroviário, membro do conselho diretivo.
Em entrevista ao portal FENTAC/CUT, os eleitos falaram sobre os desafios dessa gestão, destacando as principais lutas o setor da aviação civil.
A dirigente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), Mara Meyre, disse que a concessão de mais três aeroportos públicos para a iniciativa e a política de céus abertos são algumas das preocupações. “Com essa política, a mão de obra vai ser terceirizada, permitindo que as empresas aéreas contratem trabalhadores de países estrangeiros por um valor bem inferior. Em relação à concessão de aeroportos, não está sendo cumprido o que foi estabelecido em contrato. Está acontecendo a precarização da mão de obra, além disso, o repasse também não está sendo feito de forma correta. Com isso, o desafio dos três setores da aviação é pressionar o governo a minimizar os impactos dessas ações que estão atingindo os trabalhadores do setor aéreo”, destaca Mara.
Para o também dirigente do SINA, Marcelo Tavares de Moura, a luta pela concessão dos aeroportos será uma das grandes batalhas dessa nova gestão. “A política do céus abertos é uma questão que nos preocupa. Teremos muito trabalho pela frente, mas com a união das categorias, vamos superar”, destaca.
União dos modais
O novo secretário geral da CNTTL e dirigente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Nilton Oliveira Mota dos Santos, falou sobre a importância da unificação dos setores da aviação e dos outros setores do transporte. “Nossa primeira meta é unir as categorias, não só os trabalhadores no setor aéreo, mas todos os trabalhadores no ramo dos transportes. Precisamos também unificar uma pauta de acordo coletivo para o setor aéreo, para que nossas datas-bases sejam uma só, com isso, fortaleceremos nossa unidade de classe e luta e vamos conseguir chegar a um objetivo comum que é a valorização dos trabalhadores no setor da aviação”.
O secretário também frisou que é necessário fortalecer todos os ramos nos transportes. “Os setores dos transportes precisam se unir mais, discutir políticas avançadas em todos os modais e abrir diálogo com os setores do governo federal para avançarmos nas nossas lutas”, finaliza Nilton.
Base CNTTL
A Confederação representa mais de 150 sindicatos filiados e oito federações dos modais dos transportes rodoviário, ferroviário, metroviário, moto-táxi, portuário, marítimo, fluvial, viário e aéreo em todo o País.
No dia 18 de dezembro de 2014, a assembleia dos trabalhadores em transportes aprovou a ampliação da abrangência da Confederação, que mudou a sigla de CNTT para CNTTL, passando a representar também os caminhoneiros autônomos e os trabalhadores no setor de logística do Brasil. Somando todos os modais, cargas e logística a base da CNTTL é de aproximadamente seis milhões de trabalhadores no Brasil.
Vanessa Barboza, Redação FENTAC