O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) realizou no sábado (8) uma paralisação no Aeroporto Internacional de Porto Seguro (BA). Durante três horas, aeronaves ficaram paradas na pista.
Segundo a entidade, o movimento, que concentrou esforços no fechamento do check-in, teve como objetivo reivindicar a recontratação dos 60 funcionários prestadores de serviços na Gol que foram demitidos.
Entenda o caso
A Bahia Airport Service, após perder contrato de trabalho com a Gol, demitiu 60 funcionários. A RM Service, que assumiu o contrato, não apenas preferiu iniciar processo seletivo com trabalhadores sem experiência, como também passou a aplicar salários menores aos praticados.
O impacto dessa prática pode trazer sérias consequências que têm como ápice a implicância na segurança de voo, o que coloca em risco a vida de profissionais da aviação civil e público usuário. Um exemplo claro de que a segurança é a última preocupação das empresas foi a medida adotada para evitar que as aeronaves deixassem de decolar.
A pesagem das bagagens, procedimento realizado no check-in com o objetivo de manter a estabilidade da aeronave, foi liberada, o que forçaria o embarque dos passageiros. O procedimento, que não é permitido pelas normas internacionais de segurança aeronáutica, foi denunciado à Polícia Federal pelo Sindicato.
O diretor do Sindicato e secretário geral da CNTTL, Nilton Motta, atenta para a possível postura antissindical praticada pelas empresas. Segundo ele, a maioria dos trabalhadores demitidos foram efetivados há mais de cinco anos e participaram do último movimento grevista organizado pelo Sindicato. Já nenhum dos part time, que atua em regime de contrato temporário, foi demitido.
Do SNA